sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

MANUAL DE AMOR AO ARTISTA







todos sabem.. eu sou artista... e blá blá blá....sou diretor de teatro e bailarino prof e coreógrafo d contemporaneo e blá blá blá.. enfim...o q importa...é o seguinte..: tem um texto q se chama "manual de amor ao artista" q a gente tem e q eu acredito q seja bem assim q o amor é.. qq coisa diferente disto num é amor... amor num doi.. num deixa mágoa, num sofre, num faz sofrer... isto tudo q dizem q é amor.. num é... amor é amor.. simples e só...lindo e puro... mas o pq d colcar este texto falando d nós artistas... é pq eu acho q ele serve não só pra quem é das artes.. mas pra qq pessoa... ele se encaixa rpa qq relacionamento..pra qq amor... seja ele como for.." qualquer forma de amor vale a pena" já dia a música né?procuramos tanto.. e achamos pouco.. e pq? pq buscamos nos completar.. e não completar alguém.. procuramos ter alguém e não doar-se a alguém.. quando nos abrimos é q tudo vem a nós... não quando nos fechamos para as nossas mesquinhas opções e desejos... o texto segue ai em baixo... substitua a palavra artista por " ser humano"..






Manual de Amor ao Artista

Para se amar um artista tem que saber ser livre.
Não falo do amor livre, aquele desvairado em que nada importa, em que corpos
e bocas diversas fazem parte de tudo sem mesmo fazer parte de nada. Não é
desse que falo. Absolutamente também não falo de amor livre desses que quase
já não há amor. Aquele que as pessoas fingem se amar, fingem se importar mas
na verdade não. Olham para o lado sempre a procura de algo melhor e sofrem
por dentro por não saber o que procurar. Não é desse amor que falo.
Na verdade nem quero dizer nada sobre amor livre. Não é o amor que deve ser
livre.
Nós temos que ser livres.
E ser livre não significa ser rebelde, adverso, descompromissado ou
desinteressado. Ser livre não significa fazer o que acha que deveria para
parecer independente. Ser livre não significa agir inconsequentemente sem se
preocupar com o que o outro sente, com o que o outro pensa, com que o outro
precisa. Ser livre não é estar ausente.


Aliás, acho que esse é um dos maiores desafios da liberdade: estar presente.
Porque pra você ser livre você tem que entender o mundo, a diversidade dos
sentimentos, a diversidade de pessoas, a diversidade de idéias e opiniões.
Você tem que fazer suas escolhas sem ferir as alheias, sem prender, sem
forçar, sem dominar.
Ser livre não é estar no topo, é estar. Apenas.
E pra se amar de verdade um artista é preciso entender que nada é o que
parece, que as coisas mudam e quem nem sempre dão certo. É preciso entender
que sonhos podem virar realidade - nem que seja somente na ponta do lápis -
mas que nem sempre esses sonhos são reais. Podem ser só sonhos do artista. É
preciso entender que as horas passam, os dias passam, os anos passam e ele
vai estar sempre lá, apaixonado pelo trabalho (que vai ser o único amante
verdadeiro se sua vida).


Por esse motivo o artista ama seu trabalho: porque é livre.
Para se amar um artista é preciso olhar com atenção e se deixar ser olhado.
É preciso estar só e deixar só - sem realmente estar em ambos os momentos. É
preciso criar: rotinas dentro do caos, novas histórias dentro da história,
motivos pra amar, espaços pra viver.
É estar lá e saber que o artista também vai estar. É sentir e saber que o
artista também vai sentir. É amar e saber que o artista também vai amar. Sem
necessariamente ele ter que provar isso a todo momento.
As provas de amor de um artista vêm através de sua arte. O quanto mais ele
ama, mais ele se sente criador.
Não que o artista não crie também quando está triste ou desamado - mas aí é
quando o amor próprio fala.
Ele às vezes vai parecer distante, às vezes vai parecer frio, às vezes vai
parecer triste - e não vai ser por sua causa. O artista sofre, sozinho, de
sua própria criação.


Ele às vezes vai parecer animado, às vezes vai parecer eufórico, às vezes
vai parecer feliz. Aproveite sempre esses momentos com ele.
Mas não quero dizer com tudo isso que amar um artista é uma entrega
solitária. Ele também vai te amar, e te agradar, e te respeitar: se você for
livre.
Livre pra amar seu jeito desconexo. Livre pra entender suas ausências. Livre
pra admirar suas criações. Livre pra controlar o ciúmes. Livre pra se
ausentar sem jogos. Livre pra viver sem amarras. Livre pra amar sem medo.
Livre sem medo de ser amado da forma que ele souber amar.
Para se amar um artista tem que se entender que o amor é livre, sem
necessariamente ser o amor livre desvairado ou o amor livre desinteressado.
O amor é livre pois é pessoal, individual e intransferível. É variável
dentro de uma mesma forma e simples o suficiente para assustar.
Para se amar um artista tem que saber que não importa o que acontecer, se
você for digno de receber amor - qualquer tipo de amor - ele será seu.
Inevitávelmente.
Pode parecer complicado, muitas regras, muitos problemas... mas não, não é
assim.


A grande questão que você precisa saber responder para saber se pode ou não
amar um artista é: Você sabe ser livre?
Se a resposta for não, eu sinto muito.
Se a resposta for sim, então apenas te informo que, se você for realmente
livre, o artista te amará antes que você o ame - e não há como não amar um
artista apaixonado.

lux sempre...

bjs do..
LUX!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Léo and Me...!


Antes de mais nada peço mil desculpas por não ter trazido noticias até vocês, mas sinceramente as coisas começaram a acontecer em um ritmo que beirava as barreiras do excesso de exagero, e o pior que não eram coisas boas, momentos legais, saídas, férias, não, não era nada disso, as coisas que começavam a surgir, as portas que teimavam em se fechar, enfim... Minha vida! Vamos lá!

Todos sabem que eu tive que sair do emprego e que até agora não apareceu nada do que realmente eu goste e saiba fazer, ah como eu gostaria que de repente eu estivesse trabalhando em um jornal ou em uma revista, ou até mesmo na preparação de um novo livro, mas como isso por enquanto é um sonho distante, tenho que procurar coisas que não goste tanto de fazer mas que pelo menos é menos pior do que todas as outras facetas trabalhistas que este mercado me oferece...
Nesse meio tempo de férias em casa, a situação começou a ficar assustadora, meu pai de repente parou de falar comigo e a Claudia virou a melhor madrasta que um garoto órfão pode querer...
Tinha vezes que ela estava tão solicita que eu me sentia em um filme policial, desses que existe sempre um agente bonzinho e outro que é o cão...
Meu pai estava me tratando da pior forma possível, não falava comigo e fazia umas caras que assustavam qualquer um, até mesmo eu!
Teve um dia, acho que o pior dia dessa nossa relação, eu eu estava no quarto, eram umas 09:00 da manhã e eu havia acabado de acordar, escovei os dentes e tava no computador, de repente ele entrou enfurecido no quarto.

- Não tem nada pra você fazer não?
- Bom dia pai.
- Que Bom dia o que? Tem que trabalhar meu filho ( de repente o meu filho recheado de afeto que deveras ele dizia, deu lugar pra um meu filho cheio de sarcasmo, raiva e desaprovação...), você pensa que vai ficar ai o tempo inteiro?

Eu não disse nada, parece que eu tinha sido contaminado por um vírus budista muito raro que de repente me deixou calmo e tranqüilo, é claro que os sentimentos de repulsa de ódio e de humilhação estavam palpitando em minhas veias, o que me fez pensar que o vírus raro do budismo não era tão letal assim...

Ele viu que eu fiquei quieto, saiu do quarto, mas depois voltou continuou com piadas, eu tinha todo um discurso pronto, mas decidi ficar quieto ( Eita vírus insuportável esse!), não almocei aquele dia, fiquei o tempo inteiro no quarto, era uma sexta feira ensolarada, eu estava tão estressado, mas tão estressado, que deitei com um dor nas costas que eu só deveria ter aos 60 anos!


Esperei meu telefone tocar, nossa, eu não estava sozinho nesse mundo, eu tinha o Léo ali, comigo sempre... Tinha? Não sei, o Léo estava mais ausente que não sei o que, mas a culpa disso tudo era minha, aos poucos eu estava conseguindo afastar o cara que tanto amo, ou que tanto penso que amo... Loucura?! Talvez!


Vou voltar um pouco a fita ( pra galera que não é da geração do VHS, “fita”, era uma caixa de plástico cheia de rolos de fita, que se desenrolavam dentro de um aparelho de Vídeo Cassete, que era uma espécie de DVD um pouco maior, era só colocar a “fita” ali dentro, e curtir o filme que se alugava ou comprava... Desculpem pela explicação esfarrapada...!)

Bem, todo mundo sabe que eu malho em uma academia aqui perto do meu bairro e talz, só que de repente o Léo começou a se grilar um pouco por eu passar muito tempo na academia e tudo o mais... Ele dizia que isso não era tão sadio assim, e que eu ia acabar ocasionando algum tipo de lesão e não sei mais o que.
Mas ainda assim eu persisti nesse meu ritmo de meia maratona dos bíceps, na verdade a academia estava virando meio que uma válvula de escape pra mim, era ali, e apenas ali que eu me sentia bem, com as pessoas dali, com as coisas que aconteciam alie tudo o mais...

Teve um dia, não lembro bem o dia, mas lembro que era uma tarde agradável, eu tinha terminado todas as minha séries, e estava na cantina, tomando um suco de abacaxi com hortelã ( uma poção dos deuses!) e devorando um sanduba de atum ( levem pasta e escova de dentes se for pensar em comer um desses!), quando eu vi um muleque me olhando de um forma exagerada.
O cara era meio que moreno, do alto de seus 1,80 e pouco, cabelo meio que liso e preto, ficou me olhando insistentemente, me deu um pouco de raiva no inicio, fechei a cara, e fui tomar meu banho!

Cheguei em casa, aquela noite e fiquei pensando no tal muleque!

Até por que galera, o Léo foi o único carinha que despertou esse meu life style de hoje em dia, o Léo foi o cara que me fez ver que gosto de meninos, foi minha primeira e única paixão, mesmo ainda sendo o cara com quem quero compartilhar todos os bons e maus momentos dessa minha existência, ainda assim, eu fiquei pensando nesse cara da academia.
O Léo continuava vindo aqui em casa e nossa relação permanecia de uma forma tão satisfatória e tão legal, que na teoria eu não precisaria de nada mais pra ser feliz – à não ser um emprego, é claro! - mas como a prática é a prima gente boa da teoria, eu acabei modificando um pouco isso.

No meu ultimo dia de malhação pesada, acabei cedendo as investidas oculares do cara, retribui um pouco, dei uns sorrisos safados, e me senti meio ridículo, nunca tinha usado aquelas minhas armas babacas de paquera, e tava me sentindo meio ridículo, mas tudo bem.
Terminei minha série, e fui tomar banho.
Quando sai daquela parte reservada do Box, o carinha estava lá sentando e fingindo inutilmente que desamarrava o cadarço, eu ti mentalmente imaginando a quanto tempo ele tentava tirar aquele nó inexistente!

- E ai cara tudo bem?
- Hum, beleza! Meu nome é Rodrigo e o teu?
- Então, meu Nome é Alex!
- Hum legal.

Depois de uns cinco minutos eu estava dando um beijo quente no cara, depois de uns minutos nessa situação eu disse que precisava ir, e eu realmente precisava, aquilo tudo era a coisa mais patética que eu poderia ter feito, cara o Leonardo não merecia isso de forma alguma!

Sai de lá, arrasado, eu sei, eu sei, fui safado, fui sem escrúpulos, e nada justifica isso, talvez apenas meus instintos selvagens e minha exagerada cede de conhecer o novo, mas não, nem isso justifica!

E pior que virando a esquina eu o vejo, camiseta gola pólo amarela, bermuda estilo surfista, chinelo havaianas, mochila azul nas costas, sorriso lindo, uma lata de coca-cola na mão, vindo em minha direção...
Minhas pernas tremeram, meu estomago entrou em festa, eu o vi assim, perfeito!
- Fala filho tudo bem?
- Hum, eh tah sim!
O sorriso dele ainda me hipnotizava de uma forma assustadora.
- Continua pegando pesado com essa malhação ainda né?
- Não cara, vim aqui meio que rapidinho...
- Sei...
E ai, indo pra casa?
- Uhum!
- Bebe coca...
-... Quero não...
-... Para de frescura. Disse ele me entregando aquela coca gelada que desceu cortando minha garganta,
- E ai vai fazer o que hoje?
- Sei lá Léo, to a fim de ver uns filmes e ficar meio quieto.
- Eu também!
- Disse ele rindo e abrindo a porta do carro.
- Umbora ali no mercado comigo?
- To indo pra casa tenho que ajudar a Claudia...
-...Umbora cara?!
Ele fez uma cara tão boa, tão fofa, tão leonardiana, que não tinha como eu não ir.
Assim qeu entrei no carro, que era de um fumê das trevas, ele me beijou, um beijo forte, um beijo com vontade, um beijo quente, um beijo de homem, um beijo de verdade, me perdi naqueles lábios por horas, fiquei sentindo aquela coisa legal, que era estar com o Léo, nossas mãos já conheciam os pontos certos, nossa vida parava, nós estávamos juntos, nós éramos alguém, éramos um só que buscavam a mesma coisa...

Chegamos ao mercado, o ajudei com a lista de coisas fúteis, gostosas e calóricas que ele ia comprar, pagamos e fomos embora, no carro, ele mostrou todo o conhecimento que tem sobre mim...
- Agora me conta o que te aflige filho!
- Não é nada Léo!
- Para Rodrigo, anda logo, fala!
- Cara, eu me sinto tão minúsculo quando to com você, eu me sinto tão nada, tão ninguém!
- Hã? Ele riu... Para de falar besteira!
- Sério Léo, tu é um cara verdadeiro, sei lá...
-... Verdadeiro? Vai Rodrigo, desembucha logo a merda que se fez....
Agora fui eu quem ri, acho que pelo nervoso.
- Então Léo, eu hoje...
Ele parou o carro. Aquilo me deixou mais nervoso, mas uma coisa que não consigo fazer é mentir, ainda mais pro Léo.
- Léo, tem um muleque na academia que ta me dando mole...
-... Caralho Rodrigo eu não acredito cara...
-... E hoje eu beijei o cara!
- Tu fez o que muleque?!
- Isso, beijei o cara!
- Cara, eu não acredito nisso, se pensa que eu sou o que Rodrigo? Não, não faz essa cara, me responde?
- Léo, me entende cara...
- Rodrigo, tudo o que eu faço nessa porra dessa vida é tentar te entender cara, é tentar entender todas as coisas que se passam na sua cabeça...
-... Léo, não foi nada, só um beijo...
-...Só um beijo?! Rodrigo, muleque, eu te amo cara, e eu sei que você não mente pra mim, mas Brow, ta foda...
-... Cara, a gente vai resolver isso, eu sei que vai...
- Será que eu quero Rodrigo?!
Lágrimas...
...Lágrimas conjuntas...
A porta da minha casa...
... A porta do meu quarto...
... A porta do inferno!



Os dias se passaram aceleradamente, Léo and Me nos falávamos quase que diariamente, mas não era nada consistente, nada que resolvesse nossa distante relação, até que um dia, não me lembro bem que dia, uns colegas meus me chamaram pra passar o fim de semana no Recreio dos Bandeirantes, o sol estava de rachar, tentei de todas as formas avisar ao Léo, mas foi em vão, mas ainda assim eu fui...

Fomos a praia, que praia! O lugar é lindo, a água cristalina, enfim, eu amo o Recreio, pelo menos não é como as praias lotadas aqui da zona sul!


Na segunda feira o Léo, veio aqui em casa, e terminamos o namoro...


Enfim, esse é um outro capitulo, prometo que conto logO!