quarta-feira, 18 de março de 2009

Léo and Me Carnaval e N coisas! II


...Doendo de uma forma inexplicável, não era uma enxaqueca comum dessas que tenho aos montes, era uma dor crucial, uma dor independente, veio para me punir, e essa dor trazia em seu discurso, além de desconforto e dor, a promessa de que seria apenas o inicio das minhas verdadeiras dores de cabeça.
O Deryck, era uma pessoa que eu precisava conhecer, gentil, educado, bem sucedido e inteligente, nenhum pouco estereotipado, não vou ser hipócrita, ele mexia comigo, mexeu e continua mexendo.

Acordei aquele dia e o vi dormindo, fiquei um tempo pensando, é por que mesmo que vocês pensem que sou um acéfalo, eu penso, penso bastante, mas as vezes, e acho que isso ocorre com todos, o que fazemos, não é na verdade o que deveríamos ter feito, sei que isso pode ser um pouco louco demais, mas é o que acontece, infelizmente!
Acabei acordando-o, disse que estava de saída, ele pediu para que ficasse, que tomássemos café, e que eu fosse com ele até o aeroporto, naquele domingo ensolarado, eu tinha todo o desejo de dizer sim, e sinceramente eu gostaria muito de ter dito, porém, dentro de mim, alguma célula cheia de diplomacia e inteligencia forçou-me a declarar que não podia, ir com ele.
Essa mesma célula, me dizia, que aquilo ali não era novidade alguma pra mim, tudo o que ele me aparentava, eu já conhecia de fato, tudo o que ele poderia me oferecer nesse meu crescimento de alma, eu já tinha com o Léo.
Toda educação, inteligência,atenção, masculinidade e conforto, eu já havia encontrado, anos atrás...
Me levou até o taxi que em 10 minutos me deixaria em frente casa.
Os 50,00 R$ que ele havia dado ao taxista serviram para pagar a corrida, os 35,00$ que sobraram eu transformei em gorjeta, o senhor de bigodes deu um sorriso largo, e ainda me desejou um bhom dia.
Cheguei em casa e meu pai estava na sala, vestindo uma camisa do fluminense lia calmamente o jornal “O Globo”, a Julia brincava no carpete, sentei na poltrona e fiquei brincando com ela, meu pai me olhava com uma cara serena, as coisas estavam bem entre a gente, perguntou como havia sido meu carnaval, eu respondi qualquer coisa, alguns minutos depois a Claudia entra na sala.
- Rodrigo telefone, é o Léo.
- Ok, vou atender lá em cima.
Deitei na cama, e fiquei pensando alguns segundos antes de pegar o telefone, aquele maldito sentimento de culpa estava dentro de mim novamente, sem contar meu estomago, que ainda não pedeu a mania de ficar em festa todas as vezes que falo com o Léo.
- Digo?
- Fala, Léo...
-... E como foi o resto da noite sem mim? Aposto que foi chato e 15 minutos depois você foi embora...
-... Não, eu fiquei mais um tempo conversando e tal...
-... Aquela galerinha era bem maneira, ma eu tava passando mal filho, se acredita que eu to com febre até agora?

Uma injeção cavalar de culpa foi aplicada em minhas veias.

- Nossa cara, o que você teve? Ou melhor, o que você tem? Quer que eu vá ao médico com você? Ou melhor, Léo, to indo pra ai agora!

Tomei um banho rápido, troquei de roupa, tomei um dorflex ( mesmo não passando mais minha dor, eu já estou viciado em dorflex), e sai.

O sol estava lindo como já disse, fui andando e pensando como contaria isso ao Léo, com que cara eu diria que mais uma vez eu trai sua confiança.
Decidi contar depois do meu aniversário que seria dali a alguns dias.
Cheguei na casa dele, que é bem perto da minha, toquei o interfone umas duas vezes, até que depois de algum tempo ele desceu, branco igual a uma folha de oficio, enrolado em um edredom azul que nós compramos na Leader Magazine pra dar de presente pro irmão dele que ia casar, rsrs, olhei aquela cara, e me deu um dó tão grande do Léo, e uma raiva nojenta de mim mesmo.

- Léo.
Fechei a porta, dei um abraço tão forte, como se fosse o ultimo, é ele realmente estava queimando de febre.
- Que isso filho...
-...Cara se ta muito quente, senta ai no sofá.
Ele sentou sem pestanejar.
Sentei a seu lado, na sala tem um carpete branco que é muito fofo, meu pé sempre afunda quando eu piso naquele carpete...
- O que você ta sentindo?
- Meu corpo ta todo doendo, meus olhos estão pesados, e essa febre...
- Se já tomou algum remédio?
- Não...
- Cara se precisa tomar um analgésico pra pelo menos baixar essa febre...
-... Acho melhor não e se for dengue?
- É né...
- Calma Digo, se ta mais nervoso que eu...
Eu dei num sorriso meia boca.
- Léo, vamos lá na cozinha, senta e fica conversando comigo, se já tomou café?
- Não, eu não to com fome...
- Levanta e vem, toma pelo menos um pouco de café.

Aproveitei e lavei toda a louça, não sem antes reclamar, é claro, coloquei o café pra passar, e nós ficamos conversando.

- E ai como é que foi a noite ontem?
Plaft!
O copo caiu da minha mão.
Retirei todos os cacos, o copo não caiu por acidente, foi meio que de propósito, não queria entrar nesse assunto, pelo menos não agora, e se o Léo me perguntasse eu ia falar a verdade, mas ele estava doente e eu não queria piorar as coisas...

Fomos pro quarto, mandei que ele tomasse um banho frio, coisa que prontamente ele atendeu, depois deitou-se na cama, ficou coberto em quanto eu no chão, lia o jornal do Brasil, depois de alguns minutos ele adormeceu, e caso a febre não passasse, nós iriamos até a clinica pra ver o que ele tinha, ou pra que pelo menos o médico passasse algum remédio, injeção, sei lá qualquer coisa, só não queria ver o Léo daquela forma.

Depois de umas duas horas eu acabei cochilando, e fiquei deitado ali no chão mesmo, quando acordei, ele estava olhando pra mim...

- O que foi Léo?
Eu disse meio que sonolento.
- Nada, sonhei com você essa noite!
- Sério?!
- É cara, e não foi um sonho muito legal, no sonho você tava...
Eu levantei, rindo mais assustado
- tava?
- Tava doente, no sonho você tinha pego HIV!

Sabe quando o mundo para, você sente as coisas rodando, e passam filmes sem explicação em sua mente, sabe quando se ouve vozes, quando se ouve musicas, quando nada mais é verdade, sabe quando o medo a insegurança, as tentativas de acerto e todas as outras coisas ficam te confundindo. Eu estava assim... é claro que eu não tenho essa doença, já que a única vez que fiz sexo de fato foi com o Léo, mas isso parece sei lá, um aviso desses que existem nos filmes, mas se existem nos filmes, com certeza, vão, ou já existiam na vida real!

- Aff léo, que sonho mais louco...
Ele ficou me olhando nos olhos, não interrogando, mas sim um olhar de ternura, e isso acabava ainda mais comigo.
- Também, acho! To me sentindo um pouco melhor cara.
- Sério? Mas ainda assim vamos ao hospital!
- Pra que cara? Já disse que to melhor!
- Ta eu sei, Poe uma bermuda e vamos!
- Não faz essa cara de criança chorona, tem que ir Brow, né normal sentir febre e do nada passar...

Chegamos lá e ficamos esperando alguns minutos, aqui no Rio de Janeiro tem uma coisa bem engraçada, quando os médicos não tem um diagnóstico para o que o paciente está sentindo ele aperta o botão da válvula de escape, bem, é até um aviso isso, sempre que você for a um consultório, e o médico que estiver te atendendo soltar essa frase.

- Você está bem, foi apenas uma virose!

Pode passar para outro médico, por que esse calhorda não conseguiu diagnosticar o que você tem!

Depois de tomar uma injeção de dipirona, na bunda, rs, fomos pra casa.

- Ta doendo ainda ai Léo?
- Para de zoar, essa merda dói pra caramba.
- Eu sei disso, shaushausu.

Guiei o carro até o supermercado,e fui comprar umas coisas por que na casa do Léo só tinha besteiras na geladeira, não que eu seja um mestre cuca, mas sei fazer carne ensopada com batatas, arroz branco, feijão preto eu já fiz umas três vezes, e até que fica bom, prepara-se uma farofinha pra acompanhar, tempera-se com um azeite de oliva, mistra tudo com uma coca cola bem gelada, e pronto! Temos um banquete.

O Léo ficou deitado no banco de trás, comprei todas as coisas que precisava, eu estava sem nenhum real, estou pobre galera, voltei ao carro e pedi a ele o cartão de débito, digitei a senha certinha e pronto, peguei as compras e voltei pro carro.

Ele ficou deitado no sofá, coloquei as coisas na cozinha, peguei o rádio e coloquei no balcão, fiquei lá pensando na vida enquanto Jorge Vercilo se esgoelava...

Deixei a carne e o feijão no fogo e voltei pra sala, O Léo estava assistindo Gilmore Girls, não sei se vocês lembram desse seriado, aqui no Brasil era transmitido pelo SBT, e tinha o nome de “tal mãe tal filha!”, comprei as temporadas quando ainda trabalhava no teatro municipal, estão na casa do Léo a um bom tempo, eu morro de rir com esse seriado, pra mim é um dos melhores, fiquei um tempo assistindo com ele, que estava deitado com os pés no meu colo.

Desliguei o fogo temperei as coisas, e depois de um tempo fomos almoçar.

- Nossa, e não é que está boa essa comida, já da pra casar!
Mais uma injeção de culpa!
- Ficou boa mesmo?
- Ficou ótima.
Ele levantou da cadeira e me deu um beijinho desses que a Hebe distribui aos montes.

Depois do almoço...


- Léo.
- Fala?
- Quer mesmo que eu fale?
- Você enxuga?!
- Não deveria, mas eu enxugo!

Depois da louça, peguei os DVDs e fomos pro quarto dele, deitamos na cama e ficamos até a noite assistindo as aventuras de Rory e Lorelaine.

Acho que ia dar 22:00 horas quando eu parti.

Na segunda feira discuti feio com meu pai.


Depois termino esse post!


Obrigado por estarem comigo, as coisas estão acontecendo, está tudo bem entre mim e o Léo, as coisas só não mais as mesmas, já, já trago detalhes do meu niver, e de tudo o mais!


Um abraço grande Guys! Se cuidem!

10 comentários:

  1. Manda bala, garoto!!! Espero que tudo se desenrole bem!!!

    beijos
    Clau

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  2. espero que tudo der certo entre vcs amigo!!e olha ver se toma jeito juízo viu rapaz ele é homem da sua vida cara..bjos e que Deus ilumine essa cabeçinha..rsrs

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  3. Que fofo, no sei o que dizer!


    Esperando novas coisas!

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  4. Não sei ao certo o que dizer, apenas que, eu confio! fazer o que?!

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  5. Estoy curiosa en demasiado..lol..rssssssssssssss..

    meu espanhol tah uma Porcaria!!!!!!!!!!!!!!!!
    Q tristez..rssssssssssssssssssssssss..


    Cade o Romance, Rodrigo??

    Besos,
    Shakira Colombiana Forever :)

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  6. ushsushsus s eu fosse vc eu ne contava mais nd ao leo .
    Estou com medo de seu pai ter descoberto tudo *-*

    t+
    abrass

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  7. é cara...
    eu acho que vc tem que ver bem o que vc quer. se vc não tem certeza é melhor dar um tempo viu, acho que vc pode tar sendo egoista e iludindo o garoto. acho que vc ta jogando no lixo td que vcs viveram por bobagem e isso não é nada legal.

    é melhor dar um tempo do que ficar beijando um cara diferente por semana, "só pra ter certeza". isso não se faz!!

    se cuida!! abs

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  8. espero que o léo melhore. Cansado tbm de todos os medicos diagnosticarem todas as doenças como "virose". kaoakoak

    bjos

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  9. Rodrigo e Mr Junior,
    sou médica e ODEIO fazer diagnótico de "virose". Elas existem, mas a maioria tem nome! Prefiro dizer que o paciente (caso seja uma virose mesmo, hein!) um H.Influensa, um Norwalk, um Rotavirus, um Cockiesaquie (nem sei escrever esse, hehehe, mas sei falar e diagnosticar!), um Herpes (todos). Ou simplesmente explicar a inflamação ou a inflecção!

    beijos tecnicos
    Clau

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