segunda-feira, 16 de março de 2009

Léo and Me Carnaval e N coisas!


Vim hoje mais uma vez falar um pouco de mim, falar um pouco de mim pra vocês, e toda essa minha redundância com as palavras e expressões, é altamente justificável, eu cada dia percebo que as coisas vão acontecendo meio que repetidamente, como se a vida fosse um jogo, um jogo de cartas, todas as cartas são diferentes, e talvez por isso, todas se tornam tão iguais.


O carnaval se aproxima, e eu tenho mais uma esquisitice pra confessar a vocês, eu detesto a “folia de momo”, não consigo ficar feliz tendo pessoas pulando e colando em cima de mim, não consigo achar graça em velhos peludos vestidos de mulher sem nem ao menos se preocuparem com o papel ridículo que estão prestando, não vejo graça também naquelas neves artificiais que são arremessadas pra tudo o que é lado, não gosto de ver todo mundo fazendo xixi nas ruas, detesto ter que pisar numa quantidade imensa de latas de cerveja e refrigerante,

A trilha sonora não me agrada nem um pouco, a paquera é sempre vulgar e altamente sexual... Enfim, antes de pensarem que sou um velho rabugento, eu vou confessar que já gostei de carnaval. Mas essa fase passou – Até que enfim! –.

E nesse carnaval vou fazer uma coisa que eu gosto bastante, viajar pra um lugar onde todos detestam a festa. Vou para um camping em Santa Catarina, ah, mas não vou sozinho, vou com o Léo...


Não contei ainda né? A gente voltou!

Shaushuahsuahsu


Léo and Me... Nada vai nos separar!




Sabe quando bate aquela sensação de perda, ou remorso? Eu fiquei assim por um tempo que me pareceu demasiado intenso, eu ficava relembrando as coisas e querendo que elas voltassem, e que se estabelecessem, mas nada é como se quer, a não ser que se lute por isso e que entenda que o mundo nem sempre conspira a nosso favor.

Fico horas observando o nada pela janela de madeira do meu quarto, a tarde seria chuvosa, tomei um banho frio, e liguei o som baixinho, coloquei um cd chamado “Um barzinho e um violão” onde eu conheci musicas antigas cantadas por vozes atuais têm até a Luiza Possi mostrando que é uma cantora de verdade e cantando coração de papel...

Fiquei nesse momento nostálgico, mas ainda assim tão legal, tão comigo mesmo, me desliguei do mundo, e fiquei ali, a promessa de chuva começou a se cumprir e eu fiquei anestesiado olhando pro nada.

Até que meu celular tocou.

-Alô?

- Rodrigo?!

- Oi, sou eu sim... Não sei se consegui disfarçar minha felicidade em estar falando com ele, mas ainda assim ele foi bem frio.

- Então muleque, vou passar ai hoje pra deixar umas coisas suas ok?!

- Léo...

-... E só isso véi!

- Ok!

Desligou o telefone, eu fiquei meio mal, mas enfim, a vida é feita de escolhas e se era essa que ele estava fazendo, tudo bem, eu tinha que aceitar...

As horas estavam demorando a passar mais que o normal, pensei em arrumar umas gavetas, mas depois desisti, a ocasião não era nada propicia, não tinha nada a ver ficar arrumado cuecas rasgadas numa hora daquelas, fiquei rodando pelo quarto, e por falar em quarto, o meu já está me dando nos nervos, acabei tirando meus pôsteres do Harry Potter da parede, não tinha muito a ver comigo, não mais, entendem?! Foi meio estranho retirar o menino bruxo da parede do quarto do menino louco, mas eu aprendi na marra que as coisas mudam e as pessoas se transformam, e consegui fazer isso sem nem ao menos ter cursado o primeiro ano de Hogwarts – pra quem não conhece é uma escola de magia e bruxaria muito famosa, que fica na Inglaterra, e não fiquem assustados por não conhecerem, seria estranho na verdade se vocês viessem a conhecer, já que os trouxas (pessoas que não nascem bruxas) geralmente não conhecem muita coisa do mundo bruxo–.

Tirei os pôsteres da parede e guardei também os bonecos do homem aranha, um par de pantufas que a muito não cabiam no meu pé, arrumei o baú que á acoplado com a cama, retirei e limpei todos os gibis, eles me foram muito úteis servindo como porrete para inúmeras traças e baratas. Os únicos gibis que deixei foram os da Turma da Monica, até por que as histórias nunca ficam velhas e com certeza meus filhos vão gostar bastante, todos os outros títulos eu vou doar, ou até mesmo vender – é eu estou precisando de dinheiro e sou um garoto muito mal!- afinal de contas eu contribuí bastante pra que a Marvel Comics virasse a empresa bilionária que é hoje, e seria no mínimo injusto não ter um pedaço nesse delicioso bolo. ( estou com fome, desculpe pela metáfora comestível...)

O Léo me ligou avisando que estava lá embaixo, desci, abri a porta, o vi com uma calça jeans, um tênis preto, blusa gola pólo verde e com uma mochila azul nas costas, quase não me olhou nos olhos, eu pedi que ele subisse, ele fez que não, mas acabou subindo, eu ainda acho que ele queria subir desde o inicio, mas estava fazendo mesmo “um cu doce básico” – preciso explicar o que é um cu doce básico?! Ahm ta, senta lá Claudia!

Eu acabei me atrasando um pouco pra subir por que a “Vilma” – Vilma uma gatinha muito sapeca da raça angorá, gatinha está que está aqui em casa por um tempo, pois minha vizinha viajou pro carnaval e não tinha com quem deixar... - Estava quase morrendo de fome, e eu como não consigo ver ninguém morrendo, ainda mais de fome, fui salvar sua vida. Subi as escadas devagar e o Léo estava entretido lendo um gibi antigo do “Surfista Prateado”, fiquei um tempo na soleira da porta olhando praquele muleque tão normal que despertava sentimentos mais que anormais em meu ser. Permaneci alguns minutos assim, até que sem tirar os olhos do gibi ele disse.

- Ué dormiu ai na porta?

Eu fiquei meio sem graça afinal de contas eu não percebi que ele tinha me visto.

- Como você sabe que eu to aqui?

- Eu senti, eu sinto sua presença, mesmo se você estiver longe...

Ultimamente eu to me achando o cara mais sentimental do planeta, muito mesmo, até mais que a Bebel da grande família, eu to nessa fase de chorar a toa, e antes que vocês pensem eu vou logo dizendo – Não, eu não estou grávido! –

Quando ele disse isso, que sentia minha presença, uma lágrima correu sorrateiramente pelo meu rosto, foi à lágrima mais teimosa que eu já expeli, eu fiz muita força pra que ele não nascesse, mas a pentelha foi mais forte que eu, que minha razão e que todos os meus músculos faciais, músculos esses que são bem fortes, mas ainda assim essa lágrima foi mais...

Sentei na cama ao lado dele.

- Léo, por que as coisas boas sempre acabam?

- Nada que é bom dura pra sempre...

-... Eu quero uma resposta sua essa ai eu já vi em filmes, já li em revistas, na caixa de cereais, em comerciais...

Ele riu, eu não achei muita graça, dentro de mim eu sabia que aquela frase não era uma piada, até por que era sem graça, e a entonação em que ela foi pronunciada estava com “um que” de velório e não de festa, até por que as festas são os melhores lugares para se contarem piadas, mesmo sabendo que tem uma galerinha estranha que conta piadas em enterros...

- Rodrigo vamos acabar logo com isso?

- Acabar? Como assim acabar com algo que eu nunca tive?

- E antes que você diga que também já ouviu essa frase, vou logo dizendo que está enganado Jack Twist disse algo parecido. O Jack disse “Uma coisa que quase nunca tenho” eu disse “uma coisa que eu nunca tive”...

- Você fumou alguma coisa hoje filho?

Eu ri, e fiquei olhando pro rosto dele, e depois passei a mão nos cabelos dele, e ele fechou os olhos...

- Sabe Léo, eu lembro que ficava imaginando a gente, na época da escola ainda, eu ficava te olhando, e reparando na forma como você falava, eu sabia até mesmo o tom de rosa que sua pele alcançava quando você discutia com alguém, eu ficava quieto, contando suas veias do pescoço, sabia até que quando você estivesse muito bravo, duas delas iam saltar loucamente, daí essa seria minha deixa pra ir falar com você e te acalmar.

- E você sempre conseguia...

-... Eu lembro que a gente conversava até altas horas, lembro que você pedia pra eu falar com sua mãe que você dormiria aqui, e agente tinha que sair de casa escondido pro seu pai não ver. Lembro-me de tantas coisas, das vezes que eu chorei por você ter ido ficar com alguma menina, das vezes que você me contava que estava gostando de alguém, ou que fulana tava te dando mole.

E todas as meninas que eu te disse que amava, ou que tinha pego, eram obra da minha imaginação, eu simplesmente inventava pra ter o que conversar com você...

Ele foi descendo lentamente e deitando-se no meu colo, tirou a mochila azul das costas, o tênis e ficou de meias, deitado no meu colo, enquanto eu fazia um cafuné.

- Rodrigo, eu pensei tanto na gente hoje, pensei tanto em nós dois, pensei nas coisas que a gente já fez, nos nossos momentos, em quem a gente é, e em o que a gente se tornou, pensei no que você representa pra mim, e o que eu devo, ou deveria representar pra você...

-... Sabe Léo, eu lutei tanto por isso, eu quis e quero tanto isso, que eu acho que se isso um dia acabar acaba não só o relacionamento acaba uma saga, acaba uma história...

Ele riu, eu ri sem saber por que eu ou ele estávamos rindo.

- Ta rindo de que?

- Sei lá, às vezes realmente isso aqui parece um livro, um filme, você, joga essas palavras, tipo saga, e não sei mais o que, e eu me sinto diferente.

- Mas você é diferente, pelo menos pra mim, você nunca foi igual, você sempre foi e sempre vai ser o muleque por quem eu fico horas pensando, o cara que me faz acordar e que não me deixa dormir...

-... Eu queria tanto acreditar nas coisas que você diz...

-... Léo, eu te amo mais que tudo cara, quando você chega, eu paro o que eu estiver fazendo pra te ver, minhas pernas tremem, minha boca fica seca, e meu coração dispara, e se caso eu tiver a sorte de encostar em você, nem que seja um aperto de mãos, todas essas emoções quadriplicam...

Ele pôs a mão no meu coração, tudo isso de olhos fechados...

-... Apaga a luz filho.

Tirei lentamente a cabeça dele do meu colo, e fui apagar a luz, aproveitei e fui escovar os dentes por que se o destino os deuses, os astros, orixás and duendes fossem generosos comigo, ia pegar muito mal se eu estivesse com um baita bafo de onça...

Voltei e coloquei a cabeça dele novamente no meu colo, e continuei com o cafuné.

- Digo o que você espera de mim?

Fiquei meio surpreso com a pergunta, e detesto ser pego desprevenido, eu sinceramente não sabia o que falar, mordi o lábio inferior, e pensei um pouco, até que ele falou.

- Pergunta difícil né?

- Acho que eu nunca esperei nada de você, ou melhor, acho que todas as coisas que eu esperava eu tive, e tenho...

-... Sabe o que eu espero de você?

- Não?!

- Espero que você. Seja sempre esse cara, engraçado, inteligente, amigo, espero que não pare de escrever, que seja feliz, e que me ame cada vez mais.

Os soluços eram baixos, mas eu pude sentir ao tocar em seus olhos que ele chorava, o beijo veio em seguida, ficamos por horas, assim, deitados um do lado do outro, levantei e fui fechar a porta, por que tudo o que eu menos queria era que me pegassem em um momento tão mágico e feliz...

Acabamos pegando no sono, as 03:00h da madrugada eu acordei com uma dor nas costas infernal, o Léo acordou também, a gente ficou se curtindo um pouco, ele disse que ia embora, eu disse que tudo bem.

- Vou embora filho...

-... Beleza, te levo até a porta...

-... Vai fazer o que amanhã?

- Pensar em você...

Ganhei um beijo na testa

-... Amanhã não, já é hoje né?!

Rimos...

- Já disse pensar em você...

- Eu passo aqui pra te ajudar a pensar...

- Por que a gente não sai agora?

- Sair? Pra onde filho?

- Eu dirijo já é?

- Depende, ta muito tarde o que agente vai fazer agora?

- Deixa comigo...

Peguei meu boné, ele pegou a mochila, e nós saímos, no carro eu perguntei o que é que ele ia me devolver, ele abriu a bolsa, e me mostrou um cartão, e uma caixa de bombom, daquelas azuis da Nestlé.

- Mas essas coisas não são minhas!

- Claro que são eu comprei pra você!

- Então se foi lá...

-... Pra gente voltar!

Risos, beijos, abraços e felicidade...

Guiei o carro até um motel em São Conrado, foram às 12 horas mais curtas e prazerosas da minha existência...

O carnaval!

O Léo está de férias, e eu sou um vagabundo (infelizmente e não por vontade própria), antes mesmo de todas as brigas e discussões, nós tínhamos marcado de irmos passar o feriado de momo, bem longe da agitação carioca, como o Léo trabalha em uma companhia aérea fica mais barato e fácil dar essas fugidas. Fomos pra uma cidade chamada Chapecó, no sul do Brasil. Passamos os 4 dias de carnaval em uma pousada linda, preciso dizer que foi meu melhor carnaval?!

Saímos daqui na sexta feira, eram 21:00 horas quando o vôo deixou o aeroporto do galeão, eu fiquei no corredor, o Léo no meio e uma menina de no máximo 16 anos, na janela, ela tinha muitas sardas no rosto, era loura, e usava um aparelho azul. Tinha uma voz engraçada e um sotaque paulista bem gostoso de se ouvir...

Fomos conversando bastante, falando coisas fúteis, falando de boy bands de filmes teen e de musicas...

Gostei dela e mais ainda de seu nome Maria, achei lindo e mesmo sendo comum, achei diferente, pelo menos se ela pedisse pra eu adivinhar seu nome eu jamais diria Maria...

Conversei com Maria por toda a viagem ela tinha uma gargalhada gostosa, uma boca rosada e um cabelo que deixava qualquer outro cabelo bem cuidado com aspecto sujo, os olhos de Maria eram de um castanho calmo, o Léo também gostou muito da menina com bochechas rosadas, ficamos conversando e trocamos MSN, ela me disse que se a Britney não vier ao Brasil ela vai à Argentina, e é claro que eu também vou, e vou com Maria...

No final ela ficou meio chocada quando eu disse que eu e o Léo éramos namorados, mas ai eu tratei de fazer uma piada...

- Ah isso é normal, não vem dar uma de virgem Maria...

Ela acabou soltando uma frase que eu ouvi muito nesse carnaval.

“- Que desperdício!”

Despedimos-nos dela, pegamos um taxi, o motorista tentou enrolar a gente, mas eu sou muito bom com mapas, e quando ele me disse que ia cortar caminho por uma rua, eu disse que não precisava, por que agente queria ver a paisagem, ele ainda tentou argumentar dizendo que não tinha muito que se ver àquela hora da noite, mas eu disse que nós éramos de uma seita asiática e que gostávamos muito de ver as belezas noturnas, o cara ficou mudo e seguiu pelo caminho que eu disse, até por que o caminho que ele queria pegar ia aumentar nossa corrida em no mínimo R$ 30,00.

Chegamos à pousada e não tivemos nenhum problema, o gerente entregou a chave do quarto, que era confortável, tinha uma cama imensa e o banheiro era dono do maior espelho de banheiro que eu já vi.

O Léo pediu algumas cervejas, eu já tinha acabado com minha promessa de deixar de beber, até por que ainda não tenho idade pra esse tipo de promessas...

Tentei ligar o rádio, mas era muito complicado mexer naquilo e eu desisti, acabou que ficamos um tempo vendo televisão, e depois fomos dormir bêbados e felizes...

Acordei as 11h00 o Léo vinha saindo do banheiro quando abri meus olhos remelentos, ele me deu um bom dia entusiasmado e disse que estava frio.

Acho que somos os únicos cariocas que detestam o calor e o mar...

Levantei tomei um banho quente e coloquei um casaco ( me sinto tão feliz em dizer que pus um casado em pleno mês de fevereiro).

O café da manhã teve todas aquelas coisas gostosas que um café da manhã de hotel precisa ter, os outros hóspedes pareciam mutantes, não olhavam muito pra gente, o Léo não tem mais neuras e a gente fica dando bitoquinhas até em lugares públicos ( desde que não seja no RJ, shuahsahsu), as pessoas não olhavam e fingiam que não viam, eu consegui ver uns quatro pescoços sendo virados, e alguns que pareciam estar com torcicolo, mas todos sabemos que o preconceito existe não é mesmo?

E assim foi o nosso carnaval, na verdade este foi o meu melhor carnaval, e acho que o do Léo também, assim espero...

Voltamos para a casa na quinta feira, um dia após a 4ª de cinzas, o Rio de Janeiro ainda preservava os vestígios da festa, o Léo foi comigo até em casa, não havia ninguém, o povo só voltaria no domingo, fora, todos pra Cabo Frio.

- Pronto, está entregue são e salvo.

- Ah já vai Léo?

- To cansadão, mais tarde eu venho aqui.

- Aff! Fica aqui pó, na sua casa não tem ninguém mesmo, eu te empresto uma roupa.

- Não cara, eu tenho que ir lá, em casa... Ta bom, não precisa fazer essa cara, eu vou lá em casa deixar essas coisas e volto!

- Já é então!

E assim foi, 20 minutos depois ele retornou com uma coca-cola de 2L, ficamos assistindo um filme perturbador, “ Ensaio sobre a cegueira”, a direção é de Fernando Meirelles ( cidade de deus) e foi baseado em um livro de Saramago. O Léo acabou dormindo no meio do filme, mas eu fui até o fim, o filme como disse é perturbador, imagine de repente um monte de pessoas perdendo a visão? As autoridades tomando medidas drásticas, e por ser uma coisa estapafúrdia, ninguém sabia como lidar com ela, some isso ao fato de que se passa nos EUA, e lembre de como os americanos se portam como lidam com o que n ao conhecem, força bruta, exército e armas.

Dentro dessa loucura toda que é o filme, ainda existe a beleza real de Juliane Moore, e Gael Garcia Bernal. Um bom filme...

Retirei cautelosamente um Léo adormecido de meu colo, pus um travesseiro pra fazer as vezes de minha perna, a cozinha estava tão limpa que tive preguiça de cozinhar qualquer coisa, olhei na porta da geladeira, e meus olhos famintos indicaram-me o telefone de uma pizzaria, o anuncio dizia que em 45 minutos minha pizza estaria em casa, quentinha e deliciosa, diante de tantas promessas deliciosas, não tive outra escolha se não ligar e pedir a tal pizza.

Acordei o Léo, que estava sonhando calmamente, ele reclamou um pouco mais assim que saiu do banho a pizza, chegou.

- Vamos fazer o que nesse fim de semana?

- Sei lá, que tal irmos no desfile das campeãs?

- Por mim tudo bem, minha Portela venceu mesmo...

-... Roubado!

- Para, não tenho culpa se a sua Mocidade ficou nas ultimas.

- Aff Léo, a Mocidade é a melhor escola.

- Mas quem foi que venceu?

- O salgueiro, mas...

- ...Mas nada! E não adianta fazer essa carinha de boladinho não!

Risos em conjunto.

Dividimos a louça, e depois fomos pro meu quarto, ficamos olhando pro teto e falando da vida, da gente, de como seria dali pra frente, eu disse que tava com medo, ele disse que não precisava ter medo.

- Léo, será que a gente vai conseguir?

- Conseguir? Como assim?

- Sei lá, às vezes eu penso que melhor não tem como ficar...

-... Eu também penso nisso, mas a gente não vai viver pra sempre com nossos pais não é mesmo?

- Então quer dizer que a gente vai morar junto?!

- Por que não?

- Sabe que você é o cara mais especial que já conheci?

- E você conheceu mais caras além de mim?

- Você sabe que é a primeira pessoa que amei na vida.

- É disso que tenho medo.

- Por que?!

- Você não conheceu outro amor além de mim, você pode enjoar...

-... Eu nunca vou enjoar de você!

- Espero.

- Para de querer tomar o meu lugar, o sensível, inseguro e chorão nessa história sou eu, não vem querer tirar minhas chances de levar meu Oscar!

Risos.

Dormimos e acordamos, a sexta feira foi normal, fomos a praia de Ipanema, e no sábado demos uma passada rápida no desfile das campeãs e depois fomos até a Rua Farme de Amoedo, que também fica em Ipanema é o reduto dos cariocas mais descolados, acabamos sentando em um var gay chamado “To nem ai”, bebemos algumas cervejas e eu acabei puxando assunto com uma galera de Mônaco, ficamos horas falando em inglês, até que o Léo me disse que tava com sono e que ia pra casa mas se eu quisesse ficar tudo bem.

Como o papo estava realmente ótimo eu decidi ficar, estava perto de casa, e o calor insuportável, o levei até o carro, demos uns beijinhos e ele partiu.

Comecei a conversar com um cara chamado Deryck, que tinha 26 anos e era Alemão, nossa comunicação era sofrível, já que o meu sotaque, misturado com o sotaque dele, ficou uma tentativa desastrosa de entendermos nosso inglês.

O amigos dele foram embora, e nós ficamos conversando sobre muitas coisas, ele trabalha na BMW e viaja o mundo inteiro, ele é “Manager” ( uma espécie de gerente), me contou que tem uma namorada, e que vem ao Brasil duas vezes por ano, ele é louro, e tem olhos tão verdes quanto as algas, fala coisas engraçadas, e gosta de olhar as estrelas, ficamos conversando até as 05:00 da manhã, ele como todo bom turista se apaixonou pela caipirosca de maracujá ( uma caipirinha de vodka), até eu que não sou muito fã também bebi algumas, de repente ele perguntou se eu gostaria de conhecer seu apartamento, eu disse que sim, não estava pensando em nenhum tipo de maldade e pra mim seria apenas uma amizade gringa.

Chegamos a casa dele, um apartamento desses que tiram o fôlego, sentei no sofá e bebemos qualquer coisa, o beijo aconteceu instantaneamente, ficamos nos curtindo por um bom tempo, não houve sexo, mas faltou bem pouco, as 14:00 eu acordei, ele estava no banho, minha cabeça estava...

14 comentários:

  1. hey digoo tu eh o cara manin

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  2. ushsushsu num acho ele o kra arhg ele traiu o leo

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  3. o.0

    Postar um comentário?? Na boa Rod... sem comentários cara.

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  4. Eu te detesto vc naum merece o léo, vc se interessa por qualquer par de calças, naum sei o que dizer a você, te achava o maioral, mas na verdade vc eh desprezivel!


    Espero que o léo aacorde e venha morar em MG pq ai sim ele vai saber o que eh ser feliz!

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  5. Puxa! Não é que você fez de novo!!! Acho que está na hora de reavaliar o que realmente quer, Rodrigo. Pois, pra mim, me parece que você está com mais medo que o Leo, de seguir a diante com a relação. Mas acho que assim, você vai acabar se machucando, e ao Leo também! Eu sou contra qualquer tipo de traição. E se você quer conhecer o mundo, pra ver extensão de seu amor, ou ter outras experiências até para comparar seus sentimentos, deve pelo menos ser honesto com você e com o Leo, e "se dêem um tempo". Tempo de descoberta, de auto-análise. Pois não haverá apenas um sofredor nessa história!
    Pense niso!!! Você sabe, tenho um carinho enorme por você e pelo Leo, por tabela!!! Não gostaria de ver nenhum sofrendo!!
    beijos ansiosos
    Clau

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  6. amiggo pelo que intendi voce beijou outro cara foii?
    nao cara porque se foii isso mesmo e brincadeira ne'
    o leo taa nunma boa com voce e voce coloca chifre nele'
    tem que avalia sua vida melhor e veer oque voce quer dela'
    voce nao pode fica em cima do muro assim nao!

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  7. aaaaaaaaaaawwwwwwwwwwwww
    Why did you do it???AGAIN!!!
    come on Rodri...why??
    Don't you love to Leo??
    I hope you really think about it...and what do you want to do with him...because you wrote a lot of times that you love him but you betrayed him twice!!!
    like you said in Brazil...ACORDA MEU!!!

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  8. aiiiiii....nao acredito.......que vc fez isso dinovo.....praga.....rsrs.....tem se controlar mais !!! flws

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  9. Mi querido Rodrigo,

    como puedes hacer tal cosa??

    Piensa con la cabeza. Que es el amor? es raro.

    Besos,
    Shakira Colombiana Forever :)

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  10. Como vc pôde fazer isso denovo digoo???

    e ainda diz assim como se fosse uma coisa normal... pensei que vc realmente gostava dele e queria apenas a ele...

    vc realmente ama o Léo?? Tudo o que você disse a ele é verdade???

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  11. A vida é uma descoberta Digo!!!

    Só não esqueça do Léo, ele é melhor que qualquer aventura que vc possa ter!!!

    Bjus!!!

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  12. Eu te intenod.. ja fizi sso tbm, nao foi querendo mas aconteceu.. e acho que ninguem precisa dr lição na gene uqe faz essas coisas.. pq simpelsmente acontece e agente fica muuito mal :/

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  13. To acompanhando sua historia a um tempo, desde que entrei na comu do BBM.
    Até a Cláudia já conheco por tabela tbm. Mas quero dizer que ela tem razão, vc tem que avaliar se está realmente pronto para um relacionamento estavel com o Léo, afinal ele já falou até em morar junto com vc naum foi?

    Pense bem se isso que vc ta fazendo, traindo ele é certo! Se cuida! e Desculpa qualquer coisa!

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