sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Meninos que amam Meninos...!



Bem galera, há 6 anos escrevi esse texto, achei ontem, numas folhas soltas, espero que curtam!



"È difícil dizer isso, é difícil aceitar isso, e pior ainda, é difícil sentir isso..."


Bom, eu sempre pensei que era um menino normal, gostava de estudar, jogar bola, tirar sarro da cara dos colegas,ficar falando de meninas e... pensando em MENINOS... ta legal eu não era tão normal assim...Na verdade eu sempre soube que era diferente, eu nunca tive saco para maioria das coisas que meus colegas gostavam, eu sempre gostei de ficar em casa,sozinho, eu nunca curti muito o "clube do bolinha", mas, eu tentava, eu juro que tentava, tentava ser menos humano (sensível), tentava assistir futebol e torcer pelo Vasco, tentava falar de meninas, tentava ficar com meninas, mesmo ficando constrangido, quando tinha que ir mais além, sei lá, quando a coisa ia esquentando (mesmo eu me sentindo sempre muito frio), tentava conversar com os muleques e me enturmar, sair junto mesmo, mas sempre que eu ia, me obrigava a ficar com meninas, pra ninguém ficar insinuando coisas, e eu ficava, apertava os seios delas, mas sem desejo algum, ficava por ficar, eu sei que as magoava quando dizia que não queria namorar e tal, mas eu me magoava também, afinal, na verdade mesmo, eu não sentia nada, nem o beijo era legal, eu não escolhia isso, simplesmente não curtia..."

Por me esconder tanto das outras pessoas, eu ficava muito bravo quando alguém dizia que eu era determinada coisa, até por que nem eu sabia bem o que era..."As coisas pra mim ocorreram de uma maneira extremamente difícil, eu não aceitava aquela condição, eu não aceitava ser diferente, eu não aceitava ser excluso, eu via como os meus colegas de colégio que simplesmente não davam a mínima pra opinião alheia eram tratados, eu via como sofriam com o preconceito, e eu nunca quis isso pra mim, morria de medo de me expor, suava frio quando dava algum sinal, mas eu não tinha medo só dos outros tinha medo de mi também, tinha medo do que eu poderia vir a fazer, tinha medo de concretizar tudo o que em off eu sonhava, e por isso por diversas vezes pensei em suicídio, por diversas vezes pensei em sumir em fugir, pra mão "decepcionar" meus pais e amigos, mas mal sabia que se viesse afazer isso eu estaria apenas me decepcionando..."Quando o preconceito está em você, nada pode se transformar, você não vive a penas observa, e teve um dia que meus olhos se cansaram"meu coração estava cheio, eu queria explodir minha mente não tinha mais espaço para nada eu só tinha 16 anos, nada mudava eu não conseguia mas fingir, ainda saia com os amigos, mas ia embora mais cedo, não podia mais ficar com meninas, era ruim pra mim, era ruim pra elas...


Pronto carnaval de 2004, eu estava lá pulando num bairro próximo ao meu, quando de repente me deu vontade de dar uma mijada, e lá fui eu,e como já é de praxe nos carnavais do rio de janeiro, os banheiros não supriam o numero de foliões, percebi que tinha um monte de gente indo para parte de trás de uma grandiosa igreja com arquitetura barroca, pra enfim se "aliviarem" e lá fui eu também, antes de abrir o zíper do short percebi que tinha um muleque me olhando sem parar, foi quando olhei também, e a gente ficou nessa só de olhares (hoje eu sei que um olhar vale mas que mil palavras como já diz o nosso inesgotável clichê), quando terminamos de fazer o que tinha que ser feito, ele veio falar comigo e tal, disse que o som tava muito alto e perguntou se eu queria ir andando pra ver se encontrávamos um local um pouco mais silencio, meu coração já estava quase saindo pela boca, eu ficava olhando pra trás pra ter certeza que ninguém do meu bairro estava olhando, eu pensei em dizer não e sair correndo fugir dali, mas eu fui...O nome do tal muleque era Adriano, tinha 22 anos, e eu apenas 16, era inteligente bonito, um cara legal, o que me despertou o interesse por ele foi que assim como eu ele estava acima de "qualquer suspeita", eu lembro que a gente nem conversou, ele foi logo me tascando um beijo que fiquei sem fôlego, nossas bocas se davam muito bem, agente ficou um bom tempo nessa interminável troca de salivas, a hora foi passando meu celular tocou e eu tive que ir embora, ele me deu numero e marcou comigo no outro dia as 9:30 da noite atrás da tal igreja (mijódromo), igreja esta que hoje em dia é cercada por grades, por que será hein?

5 comentários:

  1. mais eaí,você foi ao encontro dele no dia seguinte?

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  2. sorte a sua!!!
    eu queria muito que acontecesse comigo este encontro inesperado e tao especial!

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  3. Sorte sua qro muito isso pra mim a minha historia e a sua..

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  4. Já tive isso mais por um descuido tive q deixalo

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  5. Intendo este jovem ja passei por tudo isso e ainda passo hoje sou um velho mas meus gostos não mudaram,sou pai tenho 2 filhos que amo muito mas ainda gosoto de garotos bjs pra todos.

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